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quinta-feira, 19 de junho de 2014

A Eucaristia é a razão de ser da Igreja

O sacramento da Eucaristia não só é o maior dos sacramentos, como constitui a razão de ser da própria Igreja. Afinal, é a comunhão do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor que nos incorpora cada vez mais ao Seu Corpo Místico.


Por Padre Paulo Ricardo
Enquanto a celebração in coena Domini, na Quinta-Feira Santa, é dedicada à instituição deste sacramento, a solenidade de Corpus Christi, que estamos a celebrar, dá ênfase sobretudo à presença real de Nosso Senhor na Eucaristia.
No primeiro milênio da era cristã, esta solenidade não existia, pois ninguém ousava duvidar da realidade de Cristo nas espécies eucarísticas. Porém, no fim da Idade Média, começaram a surgir heresias distorcendo o ensinamento da Igreja neste sentido, como a falsa doutrina da empanação, segundo a qual, após a consagração, estariam na hóstia consagrada tanto o pão como Jesus Cristo. (Esse erro terrível culminou, no século XVI, com o protestantismo.) Foi em resposta a essas ideias perigosas que surgiu a Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo.
Compreende-se, a partir dessa ótica, por que os radicais “ecumenistas” não gostem e nem queiram essa festa. Trata-se, de fato, de uma celebração muito forte. As procissões solenes com Jesus sacramentado pelas ruas das cidades do mundo expõem publicamente a fé dos católicos na Eucaristia. No entanto, é inquestionável a sua necessidade também hoje, em face de tantos teólogos modernistas que ainda combatem a presença real e substancial de Nosso Senhor no sacramento eucarístico.
A presença de Jesus na Eucaristia não é apenas estática – para que O adoremos –, como para que d’Ele comunguemos. Assim, na procissão com o Santíssimo, Cristo estará na custódia, mas também em nossos corações, tornados como que “ostensórios vivos”.
Na verdade, somos muito mais que os ostensórios porque, quando Jesus está presente na Eucaristia, não comunica nenhuma santidade aos objetos com os quais entra em contato. Eles são sagrados – foram separados para o culto divino –, mas não são santos – i. e., não participam da natureza divina. Nós, por outro lado, quando recebemos a comunhão, estamos realizando o ato mais santificador da nossa vida espiritual.
Por isso, ao comungarmos, devemos preocupar-nos não somente com as disposições mínimas para receber a Eucaristia, mas também em aumentar a eficácia de Sua ação em nossa alma. Para tanto, é preciso que nos aproximemos de Jesus sacramentado com amor, um amor que anseia pela presença do Amado. Os grandes santos, como Santa Teresa de Ávila, tinham uma verdadeira sede de Nosso Senhor na Eucaristia e passavam por enormes sofrimentos quando, por obediência, se tinham de afastar desse divino manjar.
Para preparar a nossa comunhão na Missa, é importante visitar Jesus no sacrário, senão física, ao menos espiritualmente, a fim de dizer-Lhe o quanto gostaríamos de recebê-Lo. Essa prática é muito importante para quem está em estado de amizade com Deus e é reconhecida pelo Concílio de Trento, que elenca três modos de comungar Nosso Senhor:
“Alguns só o recebem sacramentalmente: são os pecadores; outros só espiritualmente: são aqueles que, comendo em desejo aquele pão celeste que lhes é oferecido, com a fé viva “que opera pelo amor” [Gl 5, 6], sentem seu fruto e utilidade; outros ainda recebem-no ao mesmo tempo sacramental e espiritualmente: são os que se examinam e preparam de tal modo que, vestidos com a veste nupcial [cf. Mt 22, 11ss], se aproximam desta mesa divina.” [1]
Celebrar Corpus Christi é recordar a presença santificadora de Cristo, para cuja recepção devemos nos preparar com muito cuidado. Afinal, é muitíssimo grave que recebamos a santíssima Eucaristia de forma displicente e negligente. Não se está nem a falar da comunhão em estado de pecado – o que é um sacrilégio –, mas de recebê-la de modo frouxo, laxo e tíbio, sem ganhar os frutos deste sacramento.
Para recebê-Lo digna e eficazmente, é necessário que nos exercitemos no amor, pedindo-Lhe uma fome cada vez maior de Sua presença. Assim, receberemos de Deus as graças para alargarmos o nosso coração.
[1] 13ª Sessão: Decreto sobre o sacramento da Eucaristia, 11 out. 1551: DS 1648

sexta-feira, 13 de junho de 2014

O namoro que começa nos atalhos dificilmente dará certo

“Se você quer, de verdade, ser feliz, não há outro caminho a não ser o da espera”


Todo ser humano é provido de vontades, desejos e sonhos. Ninguém vive querendo ser infeliz. Muito pelo contrário, faz de tudo para alcançar a felicidade tão sonhada. Você é assim? Eu também! Então, tranquilize-se. Você é normal.

À medida que o tempo vai passando, temos a necessidade de estar com alguém que seja especial, alguém que tenha a capacidade de estar ao nosso lado olhando na mesma direção, que não ame só as nossas qualidades, mas aprenda a superar os defeitos. Alguém que seja como um jardineiro,  o qual, dia e noite, não se cansa de regar o jardim que lhe foi confiado. Mesmo entre os espinhos, em tempo de seca ou dias de chuva, o jardineiro não desiste da missão que lhe foi confiada: amar e cuidar do seu jardim.

Às vezes, a vontade de ter alguém ao nosso lado é tamanha que a ansiedade nos faz meter os pés pelas mãos. Não é mesmo? Quantos jovens não conseguem passar, sequer, um mês sem “ficar” com alguém?! No entanto, perdemos a chance de avistar o certo, porque não nos desprendemos daquilo que é duvidoso. Muitos de nós têm assumido a missão de “atirador de elite”, treinado em atirar com precisão para conquistar o alvo desejado. Muitos têm vivido a vida assim… buscando ser feliz, “ficando” com uma hoje, com outra amanhã, amontoando momentos em cima de momentos, os quais, na verdade, aumentam ainda mais a carência e a solidão.

Se você quer, de verdade, ser feliz, não há outro caminho a não ser o da espera. Esperar a pessoa certa, o momento certo e a forma certa de começar um namoro. Isso é essencial! O namoro que começa nos atalhos, longe do caminho, dificilmente dará certo. Se você quer alguém especial em sua vida, comece a não mais se contentar com as facilidades que o mundo lhe oferece para saciar as suas carências.

É hora de levantar, jovens, homens, mulheres de garra e de fibra, capazes de suportar a tentação, superar os impulsos de viver o fácil sempre que a vontade bater.

Sei que você consegue e sei que você, assim como tantos outros, a partir de hoje, irão esperar em Deus. Ele  tem alguém muito especial para sua vida. Não distraia seu olhar; permaneça firme, pois sua hora chegará.

Por Destrave - Canção Nova

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Igreja brasileira acolhe e evangeliza turistas na Copa do Mundo

As arquidioceses das cidades-sedes do Mundial oferecem uma programação especial com missas e atividades de evangelização


Por ZENIT

Vai começar a Copa do Mundo. O Brasil inteiro vai parar nesta quinta-feira, 12 de junho, às 17h (horário de Brasília) para assistir, com o coração disparado e as unhas roídas, a estreia da seleção brasileira contra a Croácia, no estádio Itaquerão. 

Apesar das manifestações populares contra o evento, o Brasil #vaitercopa. Prova disto são os bairros enfeitados com o verde-amarelo, os carros com as bandeirinhas do país e o desfile do povo na rua com a camisa amarelinha.    
A cultura brasileira é entranhada pela paixão ao futebol e vai atrair os olhares de metade do planeta para cá. Segundo estudo do Ministério do Turismo 3,6 bilhões de pessoas vão acompanhar o Mundial por televisão, celular, tablet ou outro dispositivo móvel. A estimativa aumentou em 12,5% em relação do Mundial da África do Sul, que teve a audiência de 3,2 bilhões de pessoas em 2010.  
Aproveitando a Copa do Mundo e de olho nos milhares de turistas que chegam para assistir as partidas, as arquidioceses das 12 cidades-sedes brasileiras - Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA) - montaram uma programação religiosa diversificada.
Brasília
Em várias arquidioceses, os arcebispos se pronunciaram sobre o evento. Em Brasília (DF), dom Sergio da Rocha, publicou um artigo no jornal Correio Braziliense, com a maior circulação da cidade. O arcebispo metropolitano destacou as reações que a Copa suscitou no país e na capital federal.
O grito das torcidas nos estádios tem sido precedido pelo grito de setores da população nas ruas. A escuta, a reflexão e o diálogo atento às urgências do povo brasileiro devem continuar e se intensificar após a Copa. Seria ingenuidade pensar que a Copa resolveria os velhos e graves problemas do Brasil; porém, seria grave erro ignorar as justas reivindicações e perder a ocasião para levar a sério os problemas sociais colocados em pauta. Conforme afirma o Papa Francisco “as reivindicações sociais, que tem a ver com a distribuição da riqueza, com a inclusão social dos pobres e com os direitos humanos, não podem ser sufocadas a pretexto de construir um consenso de gabinete ou uma paz efêmera para uma minoria feliz”. (Exortação Evangelii Gaudium, 218).
Movimentos e pastorais da arquidiocese da capital do país vão receber, durante a manhã e tarde desta quinta-feira, os turistas que chegarem ao aeroporto internacional Juscelino Kubitscheck. Haverá ainda missa nas línguas inglesa, espanhola, italiana e francesa em todos os domingos do Mundial. A juventude também se prepara para a realização do Nightfever, uma vigília jovem inspirada na Jornada Mundial da Juventude, que vai acontecer no sábado, 14 de junho.
Fortaleza
Em Fortaleza (CE), o arcebispo dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, abordou a questão do acompanhamento missionário aos turistas e também aos pobres e excluídos:  
Como Igreja nos comprometemos a acompanhar torcedores e jogadores nas suas demandas por momentos de espiritualidade e encontro com Deus, bem como ser presença orante durante toda a Copa; acompanhar as populações vulneráveis, especialmente aquelas em situação de rua, para que não sejam retiradas dos logradouros públicos durante a copa e depois devolvidas às ruas, como objetos que atrapalham a realização do evento; participar dos esforços por conscientização dos que nos visitam, para que não pratiquem o turismo sexual mas sejam presença que valorize a dignidade humana e a confraternização universal.
A capital cearense também vai oferecer missas em diversas línguas para os turistas estrangeiros: inglês, espanhol, italiano, francês e alemão. Padre Silvio Scopel, responsável diocesano pela Comunidade Católica Shalom (com sede em 14 países), ainda assegurou a realização de um acampamento para jovens e o festival de música e evangelização católicaHallelluya, durante a Copa – o festival atrai mais de 1 milhão de jovens em três dias.
Outras cidades-sedes
Assim como Brasília e Fortaleza, as demais cidades-sedes da Copa também vão realizar missas em diversas línguas. Além disso, inspiradas no projeto Copa do Mundo – Dignidade e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), as arquidioceses vão promover ações contra o tráfico humano, evangelização de usuários de drogas e ações em prol dos moradores de rua.
É o caso de Belo Horizonte (MG) que já realizou, no fim de maio, um ato público contra o tráfico de pessoas, está acolhendo irmãos moradores de rua que buscam abrigo e, até o dia 13 de julho, promove atividades artísticas e de evangelização no centro da cidade, onde se concentram pessoas para consumo de drogas.
Os pontos turísticos são outra atração nas cidades. Em Brasília toda a Esplanada dos Ministérios e a Catedral Nossa Senhora Aparecida estão iluminados de verde-amarelo, assim como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, símbolo da Jornada Mundial da Juventude de 2013. O mesmo Cristo também serviu de inspiração para Mario Balotelli, atacante da seleção italiana: em montagem no Instagram, o jogador tomou o lugar do Cristo Redentor, sobre o morro do Corcovado, dizendo ‘Brasil, aí vamos nós!’