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quarta-feira, 30 de abril de 2014

SÃO JOSÉ, O MODELO IDEAL DO TRABALHADOR


Basta traçar um paralelo entre a vida cheia de sacrifícios de são José, que trabalhou a vida toda para ver Nosso Senhor Jesus Cristo dar a vida pela humanidade, e a luta dos trabalhadores do mundo todo, pleiteando respeito a seus direitos mínimos, para entender os motivos que levaram o papa Pio XII a instituir a festa de "São José Trabalhador", em 1955, na mesma data em que se comemora o dia do trabalho em quase todo o planeta.

Foi no dia 1º de maio de 1886, em Chicago, maior parque industrial dos Estados Unidos na época, que os operários de uma fábrica se revoltaram com a situação desumana a que eram submetidos e pelo total desrespeito à pessoa que os patrões demonstravam. Eram trezentos e quarenta em greve e a polícia, a serviço dos poderosos, massacrou-os sem piedade. Mais de cinqüenta ficaram gravemente feridos e seis deles foram assassinados num confronto desigual. Em homenagem a eles é que se consagrou este dia.

São José é o modelo ideal do operário. Sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho de suas próprias mãos, cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade, ensinou ao Filho de Deus a profissão de carpinteiro e, dessa maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a humanidade.

Proclamando São José protetor dos trabalhadores, a Igreja quis demonstrar que está ao lado deles, os mais oprimidos, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos seres humanos, aquele que aceitou ser o pai adotivo de Deus feito homem, mesmo sabendo o que poderia acontecer à sua família. José lutou pelos direitos da vida do ser humano e, agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo, por meio dos membros da Igreja que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e seu direito a uma vida digna.

Muito acertada mais esta celebração ao homem "justo" do Evangelho, que tradicional e particularmente também é festejado no dia 19 de março, onde sua história pessoal é relatada.

Por Irmãs Paulinas


terça-feira, 29 de abril de 2014

FIM DA PRIMEIRA ETAPA VOCACIONAL MARCA FESTA DA DIVINA MISERICÓRDIA


Após uma etapa formativa no que diz respeito à doutrina, espiritualidade, importância da vida em comunidade, edificação da nossa fé segundo a Doutrina Católica e o carisma da Missão Fides in Deum, no dia 27/04 aconteceu a finalização da primeira etapa dos vocacionados de 2014, a Consagração da Misericórdia, na Santa Missa realizada na Capela de Nossa Senhora das Graças, do Hospital Duarte Filho.


A finalização desta etapa aconteceu com a entrega, em ato solene, da medalha da misericórdia, primeira parte do sinal, iniciando-se então o “SIM” a missão e consagrando, desse modo, os nossos irmãos ao carisma da mesma, em resposta ao chamado de Deus confiado a eles. O lema dessa turma é: “É preciso Amar para compreender o chamado de Deus”.



Esta etapa foi composta por pessoas atraídas pelo carisma, modelo de vida e projetos da Comunidade, que, após participarem de eventos, retiro e trabalhos da Comunidade, manifestaram o desejo de seguir o caminho junto a Missão. Este é o tempo destinado ao discernimento do chamado à vida fraterna e a vocação para a oferta de vida.




Aos irmãos vocacionados, sejam todos bem vindos! É uma alegria imensa recebê-los na nossa Comunidade. O entusiasmo de vocês nos fortalece cada vez mais a seguir! Confira mais fotos:








segunda-feira, 28 de abril de 2014

RETIRO DE SEMANA SANTA NA CAPELA DE CRISTO REI

Durante o tríduo pascal deste ano, convidados, vocacionados e missionários da Missão Fides in Deum retiraram-se para a Capela de Cristo Rei, na cidade litorânea de Tibau-RN. Foi, sem dúvidas, uma oportunidade única de vivência e meditação do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor.

Todas as celebrações litúrgicas da Capela de Cristo Rei, as quais contaram com ampla participação da comunidade e dos veranistas, foram realizadas pela Missão Fides in Deum.

Na Sexta-feira da Paixão, o retiro foi iniciado com um momento de louvor, pregação e meditação sobre a vida cristã.


À tarde, a Missão e a comunidade se reuniram para recordar a morte do Senhor e adorar a Santa Cruz. Nesta oportunidade, aqueles que haviam se confessado e rezado pelas intenções do Santo Padre receberam indulgência plenária. Após a Adoração à Santa Cruz, em um momento emocionante e singular na nossa caminhada, foi realizada a Via Crucis nas areias da Praia das Emanoelas.


No Sábado de Aleluia, dia de espera e meditação, aguardamos, junto a seu Sepulcro, a ressurreição de Jesus. No ápice de toda a celebração católica, realizamos, em ampla comunhão com a comunidade local e de veranistas, a Solene Vigília Pascal com o acendimento do Círio Pascal e a proclamação do Exulted, levando à emoção todos os presentes. As celebrações foram adaptadas para serem integralmente realizadas por leigos, de acordo com as normas canônicas vigentes.

 
 
 
 
 
 
 
 
 

Estendendo a alegria da Vigília Pascal, na noite de sábado ainda comemoramos, simbolicamente, com um rico jantar, o primeiro aniversário da Missão Fides in Deum, que ocorrera durante a Quaresma.


No último dia de retiro, marcando a vitória de Jesus Cristo sobre a morte, assistimos a uma palestra com o tema "Celebrar a Vitória", proferida pelo irmão Júnior, da RCC, em um momento de entrega e adoração a Jesus Eucarístico. Em seguida, concluindo as celebrações, participamos do mistério pascal na Santa Missa celebrada pelo pároco local.


 
 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

DEUS SE ESCONDE NA ROTINA

Deus se manifesta sempre de forma surpreendente. Sua maneira de se revelar, frequentemente, contradiz a lógica humana. Se me perguntarem: “Onde Deus costuma se esconder e se manifestar?”, eu lhes respondo: “na rotina”; é nela onde menos esperamos encontrar o Senhor. Ele gosta de nos surpreender!

Embora haja uma presença constante de Deus na vida de cada um de nós, há momentos em que essa presença se exprime por meio de “eventos” teofânicos: uma imprevisível manifestação divina que marca a vida do indivíduo, bem como a transforma. E essa teofania costuma acontecer dentro do cenário cotidiano.

A oração é um exemplo. Rezamos comumente à mesma hora, no mesmo lugar; às vezes, fazemos até a mesma oração quando se trata da liturgia. No entanto, em um dado momento, uma Palavra bíblica ou a compreensão de algo, que até então permanecia velado, “salta” aos nossos olhos com uma novidade jamais prevista. Daí, a necessidade da perseverança.

Moisés foi um homem que presenciou diversos eventos teofânicos em sua vida. O primeiro deles aconteceu na “montanha de Deus, o Horeb” (Ex 3,1). No costumeiro gesto de apascentar o rebanho do seu sogro, ele é, por assim dizer, apanhado de improviso pelo próprio Deus. Percebam que o profeta não foi à montanha para rezar – isto ele fará depois –, mas a trabalho. O que é algo intrigante.

Mais adiante, Moisés fará a experiência de passar quarenta anos no deserto à frente de “um povo de cabeça dura”, mas com a certeza de que “cada dia foi feito pelo Senhor” (Sl 118, 24). Fico imaginando o quanto deve ser desgastante passar quatro décadas vendo, todos os dias, a mesma coisa: uma vastidão infinita de areia. Contudo, o homem “tirado das águas”, durante sua peregrinação, foi testemunha de acontecimentos que transcenderam a mesmice do deserto e tornaram seus dias mais cheios de esperança. Afinal, Deus se revela sempre e de forma inédita.Deus, em circunstâncias diversas, “mostra-se” a pessoas que estão em oração no Templo, lugar habitual da epifania divina. É o caso, por exemplo, de Zacarias (cf. Luc 3, 8-14) e Samuel (cf. I Sam 3, 3-11) para citar alguns. Com Moisés é diferente! Deus se manifesta na rotina. Isso, certamente, foi determinante na vida do genro de Jetro.

O profeta não chegou a tomar posse da Terra Prometida; entretanto, não o consigo imaginar chegando, ao fim da vida, frustrado ou decepcionado com Deus. Ao contrário, quando morreu, “sua vista não havia enfraquecido e sua vitalidade não o havia abandonado” (Dt 34,7), certamente, porque havia compreendido e atestado que Deus se esconde e se revela na rotina.

Via Destrave - Canção Nova

quarta-feira, 23 de abril de 2014

São Jorge, rogai por nós!

23 de Abril - Dia de São Jorge



A existência do popularíssimo são Jorge, por vezes, foi colocada em dúvida. Talvez porque sua história sempre tenha sido mistura entre as tradições cristãs e lendas, difundidas pelos próprios fiéis espalhados entre os quatro cantos do planeta.

Contudo encontramos na Palestina os registros oficiais de seu testemunho de fé. O seu túmulo está situado na cidade de Lida, próxima de Tel Aviv, Israel, onde foi decapitado no século IV, e é local de peregrinação desde essa época, não sendo interrompida nem mesmo durante o período das cruzadas. Ele foi escolhido como o padroeiro de Gênova, de várias cidades da Espanha, Portugal, Lituânia e Inglaterra e um sem número de localidades no mundo todo. Até hoje, possui muitos devotos fervorosos em todos os países católicos, inclusive no Brasil.

A sua imagem de jovem guerreiro, montado no cavalo branco e enfrentando um terrível dragão, obviamente reporta às várias lendas que narram esse feito extraordinário. A maioria delas diz que uma pequena cidade era atacada periodicamente pelo animal, que habitava um lago próximo e fazia dezenas de vítimas com seu hálito de fogo. Para que a população inteira não fosse destruída pelo dragão, a cidade lhe oferecia vítimas jovens, sorteadas a cada ataque.

Certo dia, chegou a vez da filha do rei, que foi levada pelo soberano em prantos à margem do lago. De repente, apareceu o jovem guerreiro e matou o dragão, salvando a princesa. Ou melhor, não o matou, mas o transformou em dócil cordeirinho, que foi levado pela jovem numa corrente para dentro da cidade. Ali, o valoroso herói informou que vinha da Capadócia, chamava-se Jorge e acabara com o mal em nome de Jesus Cristo, levando a comunidade inteira à conversão.

De fato, o que se sabe é que o soldado Jorge foi denunciado como cristão, preso, julgado e condenado à morte. Entretanto o momento do martírio também é cercado de muitas tradições. Conta a voz popular que ele foi cruelmente torturado, mas não sentiu dor. Foi então enterrado vivo, mas nada sofreu. Ainda teve de caminhar descalço sobre brasas, depois jogado e arrastado sobre elas, e mesmo assim nenhuma lesão danificou seu corpo, sendo então decapitado pelos assustados torturadores. Jorge teria levado centenas de pessoas à conversão pela resistência ao sofrimento e à morte. Até mesmo a mulher do então imperador romano.

São Jorge virou um símbolo de força e fé no enfrentamento do mal através dos tempos e principalmente nos dias atuais, onde a violência impera em todas as situações de nossas vidas. Seu rito litúrgico é oficializado pela Igreja católica e nunca esteve suspenso, como erroneamente chegou a ser divulgado nos anos 1960, quando sua celebração passou a ser facultativa. A festa acontece no dia 23 de abril, tanto no Ocidente como no Oriente.


Fonte: paulinas.org.br

terça-feira, 15 de abril de 2014

Semana Santa

Viva o feriado da Semana Santa

Durante o feriado da Semana Santa a Missão Fides in Deum estará acompanhando as celebrações que seguem nos dia 18, 19 e 20 de abril. E estendemos aqui o convite a toda comunidade de Tibau, Mossoró e região, para participarmos juntos desta data tão importante para nossa igreja.

Confira abaixo a programação e entenda uma pouco mais das celebrações que seguem durante estes dias.


Sexta-feira da Paixão:
       Nessa data, a Igreja recorda a morte do Salvador e celebra a Liturgia da Paixão, seguida da Adoração da Cruz. Este é o único dia do ano em que não ocorre missa em nenhuma igreja do mundo porque, segundo a igreja, não se realiza o “Santo Sacrifício do Altar” nesta data. O Sermão das Sete Palavras, também tradição de Belém, relembra as últimas frases ditas por Jesus na Cruz e ocorre no horário das três horas da agonia – de meio dia às 15h.
Sábado de aleluia:

     Esse é o dia da espera e da meditação. Os cristãos, junto ao sepulcro de Jesus, aguardam sua ressurreição e meditam os passos de Cristo e todos os acontecimentos nos últimos dias. No final deste dia, a Igreja celebra a Solene Vigília Pascal. A solenidade inicia com a Bênção do Fogo Novo e do Círio Pascal e depois o sacerdote proclama a Páscoa por meio do canto do Exultet.
      A celebração se encerra com a Liturgia Eucarística, o ápice de todas as missas. A Vigília Pascal é a mais bela e mais importante celebração da Igreja, motivo pelo qual a fé cristã existe, já que relembra a ressurreição de Jesus.


Domingo de Páscoa:
       É o dia mais importante para a fé cristã, pois Jesus vence a morte para mostrar o valor da vida. Esse dia é estendido por mais 50 dias até o Domingo de Pentecostes. Esse período chama-se Tempo Pascal, que a Igreja vive de forma intensa, como uma consequência do período pascal. 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Santa Liduína, rogai por nós!

14 de abril - Dia de Santa Liduína


Lidvina ou Liduína, como costuma ser chamada por nós, nasceu em Schiedan, Holanda, em 1380, numa família humilde e caridosa. Ainda criança, recolhia alimentos e roupas para os pobres e doentes abandonados. Até os quinze anos, Liduína era uma menina como todas as demais. Porém, no inverno daquele ano, sua vida mudou completamente. Com um grupo de amigos foi patinar no gelo e, em plena descida da montanha, um deles se chocou violentamente contra ela. Estava quase morta com a coluna vertebral partida e com lesões internas. Imediatamente, foi levada para casa e colocada sobre a cama, de onde nunca mais saiu, até morrer.


Depois do trágico acidente, apareceram complicações e outras doenças, numa seqüência muito rápida. Apesar dos esforços, os médicos declararam que sua enfermidade não tinha cura e que o tratamento seria inútil, só empobrecendo ainda mais a família.

Os anos se passavam e Liduína não melhorava, nem morria. Ficou a um passo do desespero total, quando chegou em seu socorro o padre João Pot, pároco da igreja. Com conversas serenas, o sacerdote recordou a ela que: "Deus só poda a árvore que mais gosta, para que produza mais frutos; e aos filhos que mais ama, mais os deixa sofrer". E pendurou na frente da sua cama um crucifixo. Pediu que olhasse para ele e refletisse: se Jesus sofreu tanto, foi porque o sofrimento leva à glória da vida eterna.

Liduína entendeu que sua situação não foi uma fatalidade sem sentido, ao contrário, foi uma benção dada pelo Senhor. Do seu leito, podia colaborar com a redenção, ofertando seu martírio para a salvação das almas. E disse ao padre que gostaria de receber um sinal que confirmasse ser esse o seu caminho. E ela o obteve, naquela mesma hora. Na sua fronte apareceu uma resplandecente hóstia eucarística, vista por todos, inclusive pelo padre Pot.

A partir daquele momento, Liduína nunca mais pediu que Deus lhe aliviasse os sofrimentos; pedia, sim, que lhe desse amor para sofrer pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. Do seu leito de enferma ela recebeu de Deus o dom da profecia e da cura pela oração aos enfermos. Após doze anos de enfermidade, também começou a ter êxtases espirituais, recebendo mensagens de Deus e da Virgem Maria.

Em 1421, as autoridades civis publicaram um documento atestando que nos últimos sete anos Liduína só se alimentava da sagrada eucaristia e das orações. Sua enfermidade a impossibilitava de comer e de beber, e nada podia explicar tal prodígio. Nos últimos sete meses de vida, seu sofrimento foi terrível. Ficou reduzida a uma sombra e uma voz que rezava incessantemente. No dia 14 de abril de 1433, após a Páscoa, Liduína morreu serena e em paz. Ao padre e ao médico que a assistiam, pediu que fizessem de sua casa um hospital para os pobres com doenças incuráveis. E assim foi feito.

Em 1890, o papa Leão XII elevou santa Liduína ao altar e autorizou o seu culto para o dia da sua morte. A igreja de Schiedan, construída em sua homenagem, tornou-se um santuário, muito procurado pelos devotos que a consideram padroeira dos doentes incuráveis.

Fonte: paulinas.org.br

VIVER A SEMANA SANTA


Semana Santa, tempo da misericórdia do Pai, da ternura do Filho e do amor do Espírito Santo.
Esta semana chama-se Santa porque nos introduz diretamente no mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Cada um desses acontecimentos tem um conteúdo eminentemente profético e salvífico.
O fiel cristão – verdadeiramente apaixonado por Jesus Cristo – não pode deixar de acompanhar ativamente a Liturgia da Semana Santa. Infelizmente, a maioria dos católicos tem outras preferências na semana mais santa do ano. Não são capazes de “vigiar e orar” uma só hora com Jesus (cf. Mc 14, 37-38).
Nós queremos acompanhar os passos de Cristo e sentir de perto o que vai acontecer a nosso melhor Amigo e Salvador, procurando sentir o que Jesus sentia em seu coração ao se aproximar a Hora decisiva de glorificar o Pai. Ele viveu esses dias com mansidão e serenidade na presença do Pai. Seu coração estava inundado por uma imensa ternura para com todos os filhos e filhas de Deus dispersos.
Mostremo-nos, pois, solidários a Jesus. Passemos esta última semana de sua vida terrena com Ele, num último gesto de amor e amizade, recolhidos em oração fervorosa e contemplação profunda, de modo que a Páscoa do Senhor seja um dia verdadeiramente “novo” para nós.
Ao participarmos da bênção e procissão de ramos, queremos homenagear a Cristo e proclamar publicamente a sua Divina Realeza.
No Evangelho lido na Segunda-feira Santa, contemplamos Maria de Betânia ungindo os pés do Mestre com o perfume do amor e da gratidão. Na Terça-feira, Cristo revela o que se passa no coração de Judas Iscariotes. Na Quarta-feira, Mateus relata Cristo celebrando com os Apóstolos a festa da Páscoa judia e a traição de Judas.
Na Quinta-feira Santa, pela manhã, é celebrada a Missa Crismal. Esta celebração, que o Bispo concelebra com o seu presbitério e dentro da qual consagra o santo crisma e benze os óleos usados no Batismo e na unção dos enfermos, é a manifestação da comunhão dos presbíteros com o seu Bispo.
No período vespertino, inicia-se o Tríduo Sacro. Com a celebração da Missa da Ceia do Senhor (cerimônia do Lava-pés), recordamos a instituição da Eucaristia e do sacerdócio católico, bem como o mandamento do amor com que Cristo nos amou até o fim (cf. Jo 13, 1).
A Sexta-feira Santa é o grande dia de luto para a Igreja. Não há Santa Missa, mas celebração da Paixão do Senhor que consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da Cruz e sagrada Comunhão. Vivamos este dia em clima de silêncio e de extrema gratidão, contemplando a morte de Jesus na cruz por nosso amor.
O Sábado Santo é dia de oração silenciosa e de profunda contemplação junto ao túmulo de Jesus. São horas de solidão e de saudade... É ocasião para acompanharmos Nossa Senhora da Soledade e as santas mulheres junto ao túmulo de Jesus, sentindo com elas a medida do amor que Cristo suscita nos corações que O conhecem de perto.
A Vigília Pascal, “a mãe de todas as vigílias”, na qual a Igreja espera, velando, a Ressurreição de Cristo, compõe-se da liturgia da Luz, da liturgia da Palavra, da liturgia Batismal e da liturgia Eucarística.
A participação no Mistério redentor de Cristo leva-nos a ser – no mundo descrente – testemunhas autênticas da Ressurreição de Cristo. Não podemos retardar o anúncio da ressurreição. Que a alegria de Cristo ressuscitado penetre nosso ser, domine nosso pensamento, tome conta de nossos sentimentos e ações. Precisamos de gente que tenha feito experiência da ressurreição. Existe uma única prova de que Cristo tenha ressuscitado: que as pessoas vivam a Sua vida e se amem com o amor com que Ele nos ama...
Guiados pela luz do círio pascal, e ressuscitados para uma vida nova de fé, esperança e amor, sejamos testemunhas vivas da Ressurreição do Senhor Jesus.
Que a Mãe do Ressuscitado nos aponte o caminho para Jesus Cristo, nosso único Salvador.

Dom Nelson Westrupp
Bispo diocesano de Santo André - SP
Via cancaonova.com

sábado, 12 de abril de 2014

São José Moscati, rogai por nós!


12 de abril - Dia de São José Moscati


José Moscati era de uma família ilustre e muito rica. Seu pai, Francisco, era presidente do Tribunal de Justiça e sua mãe, Rosa de Luca, pertencia à nobreza. Ele nasceu na cidade de Benevento, Itália, no dia 25 de julho de 1880, e foi batizado em casa num dia de festa, a de santo Inácio de Loyola.


Em 1884, seu pai foi promovido e mudou-se para Nápoles com a família. Lá, o pequeno José fez seu primeiro encontro com Jesus eucarístico, aos oito anos. Naquele dia, foram lançadas as bases de sua vida eucarística, um dos segredos da sua santidade. Devoto de Maria e da Eucaristia, com apenas dezessete anos obrigou-se ao voto de castidade perpétua. Ativo participante da vida paroquial, participava da missa e comungava diariamente. Sua generosidade e caridade eram dedicadas aos pobres e doentes, especialmente aos incuráveis.

Quando seu irmão Alberto passou a sofrer de epilepsia, José passava várias horas cuidando dele. Foi então que decidiu seguir os estudos de medicina. No ambiente universitário, Moscati destacou-se pelo cuidado e empenho e, em 1903, recebeu doutorado de medicina com uma tese brilhante. Desde então, a universidade, o hospital e a Igreja se tornaram um único campo para suas atividades. Tornou-se médico do Hospital dos Incuráveis, onde logo ganhou admiração e o prestígio no domínio científico. Mas o luto atingiu Moscati, quando, em 1904, seu irmão Alberto morreu.

A reputação de Moscati como mestre e médico era indiscutível. Por isso foi nomeado, oficialmente, médico responsável da terceira ala masculina do Hospital dos Incuráveis, justamente a ala daqueles doentes pelos quais ele se empenhava e trabalhava com afinco.

No dia 12 de abril de 1927, como de hábito, depois de ter participado da missa e recebido Cristo eucarístico, foi para o hospital. Voltou para casa à tarde e, enquanto atendia os pacientes, sentiu-se mal e pouco depois morreu serenamente. A notícia de sua morte espalhou-se imediatamente e a dor se espalhou pela cidade.

No dia 16 de novembro de 1975, o papa Paulo VI proclama José Moscati bem-aventurado. A devoção a Moscati vai aumentando cada dia mais. As graças obtidas por sua intercessão são muitas.

De 1o. a 30 de outubro de 1987, em Roma, houve a VII Assembléia do Sínodo dos Bispos, cujo tema era: "Vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo, vinte anos após o Concílio Vaticano II". José Moscati foi um leigo que cumpriu sua missão na Igreja e no mundo. No Sínodo, após longos exames, a Igreja comunicou que ele seria canonizado, como um homem de fé e caridade, que assistia e aliviava os sofrimentos dos incuráveis.

No dia 25 de outubro de 1987, na praça São Pedro, em Roma, o papa João Paulo II colocou, oficialmente, José Moscati entre os santos da Igreja. 
Sua festa litúrgica foi indicada para o dia 12 de abril. Seu corpo repousa na igreja do Menino Jesus, em Nápoles, Itália.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

O Noé do filme, não é o Noé da Bíblia!

             
Estreou, há poucos dias, nas telas do cinema do Brasil, o filme 'Noé'. A película gerou muita expectativa pela divulgação e pelos atores que atuaram na produção. Eu não sou crítico de cinema nem especialista no assunto, mas, como se trata de um filme com temática bíblica, sinto-me na obrigação de manifestar minha opinião sobre o que observei quando assisti a ele. 

Do ponto de vista teológico, bíblico e doutrinário, o filme é uma frustração do começo ao fim. Ele não se preocupa, em nenhum momento, em ser fiel à narração bíblica ou se aproximar dela. Pelo contrário, procura distorcer e apontar uma visão de fé totalmente contrária à visão judaico-cristã. Uma mistura de concepções filosóficas anticristãs, tentando levar as pessoas a uma concepção de Deus e da revelação divina totalmente deturpada. Por isso, é importante afirmar que o Noé do filme não é o Noé da Bíblia nem o Criador, apresentado pelo filme, corresponde ao Deus da revelação bíblica. 


O texto sagrado nos apresenta Deus como aquele que sempre toma a iniciativa de salvar ou purificar a criação como obra de Suas mãos. A missão de construir uma arca não é fruto de um delírio, de sonhos ou de alucinações de Noé. Deus foi ao seu encontro e lhe confiou esta missão. Noé personifica os homens tementes ao Senhor desde a criação do mundo. Ele não é um alucinado, muito menos um fanático religioso sem consciência e sem maturidade, como deseja apresentar o filme. A arca, diferente da Torre de Babel, não nasce de nenhuma pretensão humana, mas é uma iniciativa divina para renovar a humanidade. 


Um dos ingredientes de mau gosto do filme é querer apresentar a figura de anjos decaídos como grandes bonecos de pedra, feitos com alta tecnologia digital, como os defensores de Noé, guardiões da arca e combatentes contra os pretensos invasores dela. Essas criaturas, na concepção do filme, ajudam Noé na construção da arca. Os elementos são sem fundamentos e distorcem o sentido da revelação bíblica. Nenhum anjo decaído ajudou Noé nem pode ajudar nenhum de nós. Ele não teve o auxílio desses fantasiosos guardiões. A luz, a força e o auxílio que conduzem Noé é a mão de Deus, Criador de todas as coisas. 


A visão hedonista do filme apresenta um dos filhos de Noé como um jovem impelido a possuir a mulher de qualquer um a qualquer custo. Noé, como um obcecado religioso, opõe-se ao fato de seu filho ter uma esposa. Ainda pior: quando sua nora engravida, dentro da arca, Noé, em nome de Deus, fica irado com a gravidez dela e se propõe matar a criança se ela for uma menina. O texto bíblico é muito claro ao dizer que Noé entrou na arca com sua mulher, seus três filhos e a esposa de cada um deles. E eles, depois, iriam povoar a terra. 


O filme tem muitas outras coisas de mau gosto e interpretações sem nenhum fundamento religioso ou bíblico. Penso que o autor da obra poderia ter respeitado, pelo menos, o essencial da narração do texto bíblico e criado muitas coisas belas a partir daquilo que foi inspiração bíblica para criar o filme. 


A verdade é que o longa-metragem é uma afronta e uma distorção da beleza da revelação divina. Ele não merece ser visto nem apreciado por quem tem a Bíblia como um Livro Sagrado, fonte da revelação divina e inspiração primeira de fé. Existem filmes mais sérios e de roteiros mais qualificados.

Padre Roger Araújo

Missionário da Comunidade Canção Nova


Fonte: cancaonova.com

Santa Madalena de Canossa, rogai por nós!


10 de abril - Dia de Santa Madalena de Canossa


Madalena Gabriela Canossa nasceu no dia 1º de março de 1774 na cidade italiana de Verona, que pertencia à sua nobre e influente família. Seu pai faleceu quando tinha cinco anos. Sua mãe abandonou os filhos para se casar novamente. As crianças foram entregues aos cuidados de uma péssima instituição e Madalena adoeceu várias vezes. Por essas etapas dolorosas, Deus a guiou por estradas imprevisíveis.

Aos dezessete anos, desejou consagrar sua vida a Deus e por duas vezes tentou a experiência do Carmelo. Mas sentiu que não era esta a sua vida. Retornou para a família, guardando secretamente no coração a sua vocação. No palácio, aceitou a administração do vasto patrimônio familiar, surpreendendo a todos com seu talento para os negócios. Entretanto, nunca se interessou pelo matrimônio.

Os tristes acontecimentos do século, políticos, sociais e eclesiais, marcados pelas repercussões da Revolução Francesa, bem como as alternâncias dos vários imperadores estrangeiros na região italiana, deixavam os rastros na devastação e no sofrimento humano, enchendo a sua cidade de pobres e menores abandonados.

Em 1801, duas adolescentes pobres e abandonadas pediram abrigo em seu palácio. Ela não só as abrigou como recolheu muitas outras. Pressentiu que este era o caminho do espírito e descobriu no Cristo Crucificado o ponto central de sua espiritualidade e de sua missão. Abriu o palácio dos Canossa e fez dele não uma hospedaria, mas uma comunidade de religiosas, mesmo contrariando seus familiares.

Sete anos depois, superou as últimas resistências de sua família, deixando em definitivo o palácio. Madalena foi para o bairro mais pobre de Verona, para concretizar seu ideal de evangelização e de promoção humana, fundando a congregação das Filhas da Caridade, para a formação de religiosas educadoras dos pobres e necessitados. Seguindo o exemplo de Maria, a Mãe Dolorosa, ela deixou que o espírito a guiasse até os pobres de outras cidades italianas. Em poucos anos as fundações se multiplicaram, e a família religiosa cresceu a serviço de Cristo.

Madalena escreveu as Regras da Congregação das Filhas da Caridade em 1812, as quais, após dezesseis anos, foram aprovadas pelo papa Leão XII. Mas só depois de várias tentativas mal-sucedidas Madalena conseguiu dar andamento para a Congregação masculina, como havia projetado inicialmente. Foi em 1831, na cidade de Veneza, o primeiro oratório dos Filhos da Caridade para a formação cristã dos jovens e adultos.

Ela encerrou sua fecunda existência terrena numa Sexta-Feira da Paixão. Morreu em Verona, assistida pelas Filhas, no dia 10 de abril de 1835. As congregações foram para o Oriente em 1860. Atualmente, estão presentes nos cinco continentes e são chamados de irmãs e irmãos canossianos. Em 1988, o papa João Paulo II proclamou-a santa Madalena de Canossa, determinando o dia de sua morte para seu culto litúrgico.

Fonte: paulinas.org.br

terça-feira, 8 de abril de 2014

Santa Júlia Billiart, rogai por nós!


08 de abril - Dia de Santa Júlia Billiart


Na cidade de Cuvilly, França, em 12 de julho de 1751, nasceu Maria Rosa Júlia Billiart, filha de Francisco e Maria Antonieta, pobres e muito religiosos, que a batizaram no mesmo dia. Júlia fez a primeira comunhão aos sete anos. Desde então, Jesus foi o único alimento para sua vida. Aprendeu apenas a ler e a escrever, porque ajudava a sustentar a família.

Aos treze anos, Júlia sofreu sérios problemas e, subnutrida, ficou, lentamente, paraplégica, por vinte e dois anos. Durante esse tempo aprendeu os mistérios da vida mística, do calvário, da glória e da luz. Sempre engajada na catequese da paróquia, preocupava-se com a educação dos pobres. Cultivava amizades na família, com os religiosos, com as carmelitas, com as damas da nobreza que lhe conseguiam os donativos.

Nesta época, decidiu ingressar na vida religiosa, com uma meta estabelecida: fundar uma congregação destinada a educar os pobres e a formar bons educadores. Mesmo não sendo letrada, possuía uma pedagogia nata, aprendida na escola dos vinte e dois anos de paralisia, nos contatos com as autoridades civis e eclesiásticas e com os terrores da destruição da Revolução Francesa e de Napoleão Bonaparte. Assim, ainda paralítica, em 1804 fundou a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora.

Júlia foi incapaz de amarrar sua instituição aos limites das exigências das fundações de seu tempo. Sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus a curou. Depois de trinta anos, voltou a caminhar. A Mãe de Deus era sua grande referência e modelo, e a eucaristia era o centro de sua vida de fé inabalável. Mas viver com ela não era fácil. Era um desafio constante, devido à firmeza de metas foi considerada teimosa e temperamental. Principalmente por não aceitar que a congregação fosse só diocesana, ou seja, sem superiora geral. Custou muito para que tivesse Tal direito, mas, por fim, foi eleita superiora geral.

Júlia abriu, em Amiens, a primeira escola gratuita e depois não parou mais. Viajava pela França e pela Bélgica fundando pensionatos e escolas, pois naqueles tempos de miséria a necessidade era muito grande. Não aceitava qualquer donativo que pudesse tirar a independência da congregação. Para ter recursos, criava pensionatos e, ao lado deles, a escola para pobres. Perseguida e injustiçada pelo bispo de Amiens, foi por ele afastada da congregação. Todas as irmãs decidiram seguir com ela para a cidade de Namur, na Bélgica, onde se fixaram definitivamente.

Júlia, incansável, continuou criando pensionatos, fundando escolas, formando crianças e educadores, ficando conhecidas como as "Irmãs da Nossa Senhora de Namur". Ali a fundadora consolidou a diretriz pedagógica da congregação: a educação como o caminho da plenitude da vida. Morreu em paz no dia 8 de abril de 1816 na cidade de Namur.

"Por meio do seu batismo, de sua consagração religiosa e por sua vida inteira de fé em Deus, que é bom, Júlia foi colocada na trilha da opção divina pelos pobres." Foram as palavras do papa Paulo VI para declarar santa, em 1969, Maria Rosa Júlia Billiart, que no dia 8 de abril deve receber as homenagens litúrgicas.

Fonte: paulinas.org.br